Milhares de pessoas reunidas no Congresso Nacional participando da Marcha pela Família, pedindo não aprovação da lei anti-homofobia. Segundo se noticia, o Congresso sinaliza um recuo em alguns pontos da lei anti-homofobia para atender a bancada evangélica. Vi um pastor dizer na TV com todas as letras que a lei não pode passar em razão da liberdade de expressão.
É mesmo um ponto a se estudar e refletir.
Normalmente, não vemos setores conservadores da sociedade defendendo a liberdade de expressão. Desconfio que por trás de uma questão como essas pode não estar a liberdade de expressão.
Uma boa discussão do tema está bem levada no filme The People vs. Larry Flynt (O Povo contra Larry Flint), 1996.
O filme retrata os vários embates jurídicos travados pelo editor Larry Flint e pessoas públicas, tomando como palco central a liberdade de expressão e o ativismo religioso. No principal episódio da película, Larry é levado aos tribunais justamente por travar uma luta pessoal contra o moralismo e especialmente contra o ativismo religioso do famoso pastor Jerry Falwell, que havia sido ridicularizado e moralmente ofendido por uma charge da revista masculina Hustler, dirigida por Flint.
No final das contas, a Suprema Corte dá ganho de causa a Flint, a liberdade de expressão, consagrando a importância da 1a emenda.
Falwell (falecido em 2007) era o típico ativista religioso americano, normalmente ocupado de bandeiras moralistas. Foi ele quem condenara a susposta homossexualidade de um personagem dos Teletubbies e quem também teria defendendo o apedrejamento para punição de adúlteros e até o retorno da escravidão (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jerry_Falwell).
Cuidemos do ativismo religioso... Volto ao assunto outro dia.
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