Ante a morte de Sócrates, Platão dá início a um pensar abstrato, buscando o saber em um mundo além dos sentidos. Aristóteles continua esta empreitada, definindo o objeto e sistematizando a filosofia.
É dessa forma que o pensamento humano chega à idade média ligado às grandes questões, até que no séc. XIII a filosofia se aparta da religião, para felicidade de ambos. A religião livra-se assim de um estorvo e a filosofia ganha a liberdade necessária para chegar viva aos dias de hoje.
A religião respira desimpedida para fortalecer o seu pacto com a política. Religião e política dominam o mundo; dominam também o saber, até que Maquiavel finalmente dá início ao renascimento político na Itália. Em sérias situações financeiras e diante de um país agonizando, Maquiavel escreve O Príncipe, livro que não apenas lhe garantiu um emprego, mas foi responsável para trazer a política para a vida e circunstâncias do dia-a-dia.
A política nunca mais seria visto do mesmo jeito. O legado da obra de Maquiavel é inegável. Tirei um pequeno texto do autor para a campanha presidencial que se inicia:
"Não é necessário que um príncipe tenha todas as qualidades acima relacionadas, mas é necessário que as aparente todas. Ousaria mesmo afirmar que possuí-las todas, e sempre as observar, chega a ser perigoso, mas a aparência de possuí-las todas e util. Assim, é bom ser misericordioso, leal, humanitário, sincero e religioso - como é bom parecê-lo; mas é preciso ter capacidade de se converter aos atributos opostos, em caso de necessidade. Deve-se entender que um príncipe, especialmente se for novo, não pode observar tudo o que é considerado bom nos outros homens, sendo muitas vezes obrigado, para preservar o Estado, a agir contra a fé, a caridade, a humanidade e a religião. Precisa, portanto, ter a mente pronta a ajustar-se aos ventos que sopram, seguindo as variações da sorte - evitando desviar-se do bem se for possível, mas guardando a capacidade de praticar o mal se obrigado a isso.” MAQUIAVEL.
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