Poema: De quem é o A? (Rau Ferreira)
As letras fizeram confusão,
Não se entendiam.
Foi o maior bá-fá- fá,
Encheu todo o salão.
Não se entendiam.
Foi o maior bá-fá- fá,
Encheu todo o salão.
- O A é teu.
- Não, não é não.
- Sim, ele é teu.
- Não, não é não.
- Sim, ele é teu.
- Não o A não é meu
Ele não é não!
Disse o B todo abusado
E o C se meteu:
- Se ele não é seu,
nem é meu...
Então o A é teu.
Todo o alfabeto
fazia a maior algazarra
E os números...
(que estavam quietos)
também entraram na farra.
O 4 sem sapato
falou pro 6 do mês
O 1, que é sempre exato
Disse: não sou ingrato,
não entro na de vocês.
Na empolgação
O A que dormia, acordou.
- Vamos deixar de confusão.
Disse todo canastrão:
- Não sou de ninguém não!
Quem quiser que faça uso
É só ter a caneta à mão...
Que a ortografia agora é luso.
- Eu não sou teu,
Nem seu...
Finalizou a letra primeira.
- E quem não é A teu,
pode cair na brincadeira.
Escrito em 07 de junho de 2009.
por Rau Ferreira. Parabéns!
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