TJAM sob a mira do CNJ

CNJ aponta bagunça

O relatório de inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), lido ontem pelo ministro-corregedor Gilson Dipp, em Brasília, foi recebido como uma bomba no Judiciário amazonense. E não era para menos. O documento, com 470 páginas, mostra uma desorganização no TJAM, em todas as esferas. Processos adormecidos na residência de desembargadores aposentados e de advogados, sem o mínimo controle; pagamentos de horas extras para inativos e pensionistas, de diárias de forma descontrolada e de gratificações mensais de até R$ 15,2 mil para cabos e soldados à disposição da Corte. E não para por aí. O relatório fala do grande número de comissionados na capital (e da falta deles no interior), dos excessos de suspeições na Corte e de uma possível moleza da Corregedoria do Tribunal, além da existência de procedimentos administrativos disciplinares contra magistrados paralisados. Em entrevista à imprensa, o ministro chegou a dizer que deveria haver uma mobilização dos outros poderes e da sociedade para ajudar a Justiça do Amazonas a acordar. Por sorte, o CNJ deu prazos para que o TJAM se adequasse, porém, não descartou o início de investigações. É esperar.

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quarta-feira, 29 de abril de 2009