Nietzsche soube muito bem explorar ou antecipar o criminoso posmoderno,
determinando a “normalidade” de sua patologia.
Entre nós - os ditos normais e naturais
editores das normas -, o criminoso desperta sentimentos de admiração e medo. E
tanto mais compreendamos a contraditória vida posmodernidade, avança a montagem
de um novo sujeito desviante. Nietzsche lega mecanismos para
entender este complexo mapa de domínio humano.
A "grande política" como uma
política de seleção e objetivação avança a história, renovada, oculta, por trás
do discurso racional dos inocentes. O homem como um criminoso está em todo
lugar e em todo lugar merece os seus 15 minutos de fama.
Quando Andy Warhol cunhou a sua famosa
frase na década de 1960 estava pensando especialmente numa obra de arte
inspirada num acidente do cotidiano.
Hoje, estamos certos que o
acidente do cotidiano dá visibilidade para crimes e criminosos. Em
todo lugar estão as leis penais com nomes de vítimas.
Em todo lugar estão mesmo as leis penais inspiradas por eles, os criminosos.
O grande editor da norma penal.
Caros alunos, hoje temos aula de Criminologia no Curso de Ciências Criminais.
Temos lá um encontro marcado com Nietzsche, o criminólogo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário