domingo, 13 de maio de 2012

O criminoso como popstar


Nietzsche soube muito bem explorar ou antecipar o criminoso posmoderno, determinando a “normalidade” de sua patologia.
Entre nós - os ditos normais e naturais editores das normas -, o criminoso desperta sentimentos de admiração e medo. E tanto mais compreendamos a contraditória vida posmodernidade, avança a montagem de um novo sujeito desviante.  Nietzsche lega mecanismos para entender este complexo mapa de domínio humano.
A "grande política" como uma política de seleção e objetivação avança a história, renovada, oculta, por trás do discurso racional dos inocentes. O homem como um criminoso está em todo lugar e em todo lugar merece os seus 15 minutos de fama.
Quando Andy Warhol cunhou a sua famosa frase na década de 1960 estava pensando especialmente numa obra de arte inspirada num acidente do cotidiano.
Hoje, estamos certos que o  acidente do cotidiano dá visibilidade  para crimes e criminosos. Em todo lugar estão as leis penais com nomes de vítimas. 
Em todo lugar estão mesmo as leis penais inspiradas por eles, os criminosos. O grande editor da norma penal.
Caros alunos, terça-feira terá aula do curso o novo punitivismo.


Para aprofundar o tema
Friedrich Balke. FROM A BIOPOLITICAL POINT OF VIEW: NIETZSCHE’S PHILOSOPHY OF CRIME


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