A HISTÓRIA DOS MARGINAIS
(JEAN-CLAUDE SCHMITT)
Jean-Claude Schmitt introduz seu texto ressaltando o aspecto da centralização em uma história elitista, para em seguida apontar uma nova face da história.
Schmitt explana que é impossível à historiografia de uma sociedade em seu todo em um enfoque unanimista dos detentores do poder. É necessário, segundo o autor, a compreensão das diferenças, considerando as margens, as múltiplas faces diferentes, por vezes ocultas.
Para Schmitt essa “nova história” que implica as diferenças, surge devido a uma orientação historiográfica voltada ao social preocupada em perceber as diferenças comportamentais das massas, todavia o interesse dos historiadores pelos excluídos e mudos da história deve-se, segundo o autor, a evolução de sua própria sociedade.
Por conseguinte, Schmitt situa depois da Segunda Guerra Mundial, precisamente em 1968 o nascimento de uma palavra “marginal”, que conceitua uma nova orientação historiográfica, a partir desta o texto segue coerente em definir o que é um marginal.
Marginal, são os indivíduos que padeciam ante uma questão social atual, que contudo sempre existiu, a qual, chamamos de “invisibilidade social”, porém para o mesmo existiam diferentes níveis de marginalidade, que compreendem três principais etapas: a separação, a margem e a de agregação.
Partindo desta, Schmitt inicia uma análise cronológica que abrange desde o século XI ao século XVIII, na Europa Ocidental, para contextualizar a história da marginalidade.
O autor visa diversos exemplos de marginalidade. Em relação a atividades de produção, a crenças religiosas, a raças, portadores de doenças, heréticos, precursores de seitas, ciganos, boêmios, loucos dentre outros.
Percebe-se que seus estudos da marginalidade observam as estruturas de forma ampla, dando espaço a uma perspectiva historiográfica descentralizada e extensa, as entrelinhas, o não dito, ganham na visão de Schmitt, valor proeminente na história dos marginais.
A cultura dos marginais reflete em síntese a cultura geral posto que é parte de um todo e seus modos e modelos devem ser estudados para compreensão de uma realidade.
Os marginais proporcionaram a historiografia uma contestação de uma centralidade elitista, questionando métodos, fontes proporcionando a releitura de uma história tradicional vista do centro, esses procedimentos trazem em si uma contribuição para a história total em construção.
Sobretudo por fornecer uma visão da história em diversos ângulos, e porque através do discurso das práticas da marginalidade e da exclusão, se manifestam as transformações mais fundamentais das estruturas econômicas, sociais e ideológicas.
Jean-Claude Schmitt caracteriza um dos braços da nova história num texto de excelência, que determina ao historiador aspectos fundamentais sobre a história.
(JEAN-CLAUDE SCHMITT)
Jean-Claude Schmitt introduz seu texto ressaltando o aspecto da centralização em uma história elitista, para em seguida apontar uma nova face da história.
Schmitt explana que é impossível à historiografia de uma sociedade em seu todo em um enfoque unanimista dos detentores do poder. É necessário, segundo o autor, a compreensão das diferenças, considerando as margens, as múltiplas faces diferentes, por vezes ocultas.
Para Schmitt essa “nova história” que implica as diferenças, surge devido a uma orientação historiográfica voltada ao social preocupada em perceber as diferenças comportamentais das massas, todavia o interesse dos historiadores pelos excluídos e mudos da história deve-se, segundo o autor, a evolução de sua própria sociedade.
Por conseguinte, Schmitt situa depois da Segunda Guerra Mundial, precisamente em 1968 o nascimento de uma palavra “marginal”, que conceitua uma nova orientação historiográfica, a partir desta o texto segue coerente em definir o que é um marginal.
Marginal, são os indivíduos que padeciam ante uma questão social atual, que contudo sempre existiu, a qual, chamamos de “invisibilidade social”, porém para o mesmo existiam diferentes níveis de marginalidade, que compreendem três principais etapas: a separação, a margem e a de agregação.
Partindo desta, Schmitt inicia uma análise cronológica que abrange desde o século XI ao século XVIII, na Europa Ocidental, para contextualizar a história da marginalidade.
O autor visa diversos exemplos de marginalidade. Em relação a atividades de produção, a crenças religiosas, a raças, portadores de doenças, heréticos, precursores de seitas, ciganos, boêmios, loucos dentre outros.
Percebe-se que seus estudos da marginalidade observam as estruturas de forma ampla, dando espaço a uma perspectiva historiográfica descentralizada e extensa, as entrelinhas, o não dito, ganham na visão de Schmitt, valor proeminente na história dos marginais.
A cultura dos marginais reflete em síntese a cultura geral posto que é parte de um todo e seus modos e modelos devem ser estudados para compreensão de uma realidade.
Os marginais proporcionaram a historiografia uma contestação de uma centralidade elitista, questionando métodos, fontes proporcionando a releitura de uma história tradicional vista do centro, esses procedimentos trazem em si uma contribuição para a história total em construção.
Sobretudo por fornecer uma visão da história em diversos ângulos, e porque através do discurso das práticas da marginalidade e da exclusão, se manifestam as transformações mais fundamentais das estruturas econômicas, sociais e ideológicas.
Jean-Claude Schmitt caracteriza um dos braços da nova história num texto de excelência, que determina ao historiador aspectos fundamentais sobre a história.
PS: Resenha que fiz, para o curso de História da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras "Professora Nair Fortes Abu-Merhy", gostei tanto do tema que acabei postando aqui!
3 comentários:
Olá professor Fábio Ataíde, meu nome é Ana Luiza dos Santos Montes, escrevi esta resenha no primeiro período do Curso de História da FEAP aqui de Além Paraíba, fiquei lisonjeada por saber que foi interessante suficiente para que outras pessoas se interessassem.Obrigada por valorizar meus estudos. Abraços, seu blog está muito legal, tô divulgando lá na facul, ok!!!
Olá Caríssimos,
Aonde estão as referências?
att.
dbellano@hotmail.com
Aqui segue a referëncia:
SCHMITT, Jean-Claude. A História dos Marginais. In: GOFF, Jacques Le. A História Nova. Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 1995
Abraços
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