segunda-feira, 27 de julho de 2009

A exposição da Psiquiatra Rebelde em Curitiba



A Psiquiatra Rebelde, Nise da Silveira, nasceu em Maceió em 1905. Formou-se em 1926; sendo presa sob a acusação de comunista ficou afastada do serviço público durante muito tempo. Depois da anistia, fez uma REVOLUÇÃO NO TRATAMENTO DE DEFICIENTES MENTAIS. Dentre tantos feitos, criou o Museu da Imagem do Inconsciente e introduziu no Brasil os primeiros estudos sobre o tratamento de pacientes com terapia animal. Aluna de Jung, combateu o tratamento desumano de doentes psiquiátrios, promovendo a terapia ocupacional (com ateliês de artes). Uma revolução para a época!
É a história desta revolução que está contada na exposição de Nise da Silveira no Museu Oscar Niemeyer em Curitiba; foi um estupor pra mim! Vi a exposição há alguns meses, mas não sai da minha cabeça a maravilha que essa mulher foi capaz de produzir. Jung também ficou impressionado com as pinturas dos esquizofrênicos brasileiros! Eu ainda estou. Vale a pena conferir o museu e conhecer a pintura e cada "doente" que a pintou.

Nise faleceu em 30/10/99.

Segue o texto sobre Nise que consta do site do MON (http://www.pr.gov.br/mon/exposicoes/nise_silveira.htm):


A psiquiatra Nise da Silveira (1905-1999) revolucionou o tratamento para doentes mentais no Brasil e foi uma personalidade brasileira, na ciência e nas artes plásticas. Sua construtiva trajetória em instituições psiquiátricas, com a implantação de oficinas de arte para o acompanhamento e o tratamento dos internos, resultou em uma produção artística reconhecida, de autoria dos próprios pacientes. A trajetória profissional de Nise e seu conseqüente trabalho é o foco desta exposição.

Em exibição há cerca de 300 obras, que incluem pinturas, desenhos e esculturas; além de arquivo documental impresso, fotografias e depoimentos que narram o percurso de Nise da Silveira. A mostra tem o patrocínio da Companhia Paranaense de Energia (COPEL) e o apoio do Ministério da Cultura, do Governo do Paraná e da Caixa.

Instalada em duas salas expositivas, a primeira apresenta os fatos históricos que levaram a médica a contestar os paradigmas da época, como a aplicação de choques insulínicos, de eletrochoques e a realização de lobotomias. A ditadura Vargas, da qual a médica foi vítima, aparece como pano de fundo. O fio condutor é a fala da própria psiquiatra, retirada de textos de entrevistas e de depoimentos em diversas formas de mídia. Fotografias, reproduções de manchetes de jornais e vídeos criam a ambientação para a segunda sala.

FONTE:

http://www.pr.gov.br/mon/exposicoes/nise_silveira.html

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