sábado, 2 de maio de 2009

Homenagem a Mendes em seu primeiro ano na Corte:"não há privilégios"

Talvez Mendes tenha recebido a sua maior homenagem desde quando chegou ao STF. Falo da sessão especial em que os ministros prestaram honras ao seu primeiro ano como  Presidente do STF. 
Em alusão a JB (que "infelizmente" não pôde comparecer ao ato - sempre ele), Celso de Melo registrou o seguinte: 
"É preciso que fique claro, Senhor Presidente, que esta Suprema Corte não julga em função da qualidade das pessoas ou de sua condição econômica, política, social ou funcional (grifo nosso).

O Supremo Tribunal Federal é mais importante do que todos e cada um de seus Ministros. Cabe-nos, desse modo, como Juízes da Suprema Corte, velar pela integridade de suas altas funções, sendo-lhe fiéis no desempenho da missão constitucional que lhe foi delegada".

Vou poupar a seda rasgada: vejamos íntegra de todos os discursos clicando aqui. Simplesmente histórico.

3 comentários:

Anônimo disse...

Dr.
Li um texto cujo título é algo assim:JB, retorno honroso.
Eu fico sempre espantada com a inversão de valores de certos jornalistas.JB retornou à Casa que acabara de lhe passar uma lição de casa através das palavras impecáveis de Celso de Melo,bem grifada neste post.E de homenagear aquele a quem JB chamou de ofensor.Ora!O que há de honroso neste retorno?No máximo um retorno de quem não entendeu ainda que a lei não se encontra nas ruas.
Longa vida à Gilmar Mendes!
Bom domingo!

fabioataide disse...

Maria B,vamos a este texto:

"24 de abril de 2009
STF

Joaquim Barbosa e o teste das ruas

Joaquim Barbosa, que sugeriu a Gilmar Mendes andar pelas ruas, acaba de passar pelo teste que propôs ao desafeto. Barbosa almoçou acompanhado de três amigos no tradicionalíssimo Bar Luiz, um restaurante no Centro do Rio de Janeiro, fundado em 1887.

Tomou dois chopes e comeu um filé bem passado com salada de batatas. Ao final da refeição, de sua mesa até a porta teve que parar em todas mesas por que passou: os comensais levantavam-se estendiam-lhe as mãos e mandavam um "parabéns" ou um "muito bem, ministro".

Em seguida, caminhou pela Rua da Carioca, sempre cumprimentado. Parou para tomar um cafezinho de pé. Mais saudações.

Por volta das 14h50, quando seguiu para entrar no carro oficial na esquina da Avenida Rio Branco, formou-se um pequeno tumulto: várias pessoas o pararam. Novas saudações e sessões de fotos feitas pelos celulares dos admiradores. Por pelo menos cinco minutos, Joaquim Barbosa foi cercado e parabenizado. Agradecia a todos com um sorriso, um aperto de mãos e um "obrigado"".
fonte: http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/162895_comentario.shtml

Anônimo disse...

Vamos ao texto:
Ele encarnou a voz das ruas.Precisou sair às ruas para confirmar o que disse?Não tinha certeza?
Bem, agora ao texto propriamente dito:há novidade?Não. Só obviedade.Se eu defendo em palanque os maconheiros, quando eu estiver em alguma roda de maconheiros, serei aclamada.O que temos na rua, doutor?Toda espécie de cidadãos, dentre os quais aqueles que defendem o terrorismo, a bandidagem, revolução contra a ordem institucional,etc.Mas na rua também encontramos defensores da lei e da ordem.Estes não cumprimentaram o ministro.E quantos deste grupo estavam no mesmo local que o ministro foi cumprimentado?Não sabemos,a reportagem não nos conta.
O certo é que, como bem disse o senhor, as pessoas estão frustradas e isso tem repercussão.E a aclamação ao ministro, a quem devo respeito, foi apenas uma mostra disso.Seu discurso é o mesmo daqueles cidadãos que, por exemplo, ao lerem sobre um caso de atentado violento ao pudor, deliram e pedem o linchamento do acusado.Só que ao leigo é dado o direito de pensar por impulso ou ignorância, não a um ministro do STF.Imagine se o senhor, ao decretar a pena de um réu acusado de um homicído,aceite o clamor da plateia que, incorformada com a barbaridade cometida, pede seu linchamento em praça pública.Teríamos sua aclamação, não é?Ao final do julgamento, o senhor seria considerado um herói porque ouviu o povo.Mas foi para isso que o senhor passou anos debruçados sobre os livros?Foi para desvirtuar a lei e colocar em risco todo o sistema que nos protege de nós mesmos?Não dá para apoiar o ministro, a menos que eu queira ficar exposta aos rancores, aos dramas, sentimentos e decisões pessoais de meus julgadores.
Sou amante das leis e da ordem.Favorável a mim ou não.Agora, vou te contar...Na sexta,antes de uma audiência fui bater um papinho com o juiz.Não aguentei e perguntei:o senhor costuma ouvir a voz da rua?Ele brincou dizendo que se ouvisse , nenhuma mulher ficaria sem pensão.É que a mulher dele e a empregada acham um absurdo deixar de dar o dinheiro pra quem viveu um tempão com o marido, para dar à futura namorada!
Abraços!